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Projeto da UFT prevê plantação de 1 milhão de árvores em trecho desmatado da ferrovia Norte-Sul

Estão sendo plantadas várias mudas para simular a diversidade de plantas que há no cerrado. A área total a ser recuperada no trecho entre Brejinho de Nazaré e Gurupi é de 250 hectares.

Mais de 1 milhão de árvores devem ser plantadas em um trecho desmatado da ferrovia Norte-Sul. É o que prevê um projeto realizado pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) em parceria com uma empresa privada. A área total a ser recuperada no trecho entre Brejinho de Nazaré e Gurupi é de 250 hectares. Em toda a extensão da ferrovia, serão 1.500 quilômetros quadrados.

De maio até agora já foram plantadas 150 mil mudas. A previsão é que o projeto seja concretizado em 2021.

As sementes colhidas no cerrado são limpas em um laboratório do câmpus da UFT em Gurupi. O processo é feito de forma manual. “A partir do momento que a gente faz a separação, a limpeza, a gente faz a extrapolação da quantidade de sementes e a gente vê a quantidade de mudas que a gente vai produzir”, explica a engenheira florestal Lorena Gama.

Desde maio desse ano, as mudas estão sendo plantadas. Elas passam por várias etapas, ficam por 60 dias numa espécie de estufa, no viveiro montado na universidade, até irem para o sol. A professora de patologia florestal Mara Elisa Oliveira é responsável por fazer o acompanhamento e identificar se as plantas estão saudáveis para serem plantadas.

“A gente faz um acompanhamento do viveiro, de todas as espécies para verificar a ocorrência de doenças e quando elas ocorrem a gente faz o tratamento indicado para poder diminuir o efeito da doença sobre o desenvolvimento das mudas, para que quando elas forem para o campo estejam saudáveis”.

O professor de engenharia florestal Saulo Boldrini, um dos responsáveis pelo projeto destaca a importância do reflorestamento para recuperar as áreas degradadas. “Não adianta você reflorestar só em quantidade, é necessário reflorestar em diversidade para simular o que era o cerrado antigamente”.

O projeto é feito pela UFT em parceria com uma empresa privada. Depois que for finalizado, o viveiro ficará disponível para a universidade. “A importância disso aqui é porque é um laboratório aberto, os alunos vêm aqui fazer seus trabalhos, têm vários estagiários. Os pesquisadores testam alguns produtos, alguns processos. Além disso, a universidade tem como fim atender essas empresas”, disse o diretor da UFT Rodrigo Tavares.

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