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Autistas são mais suscetíveis a desenvolverem hipersensibilidade sensorial e outros problemas oftalmológicos

Sensibilidade à luz e distorção de imagem são um dos sinais mais comuns da hipersensibilidade

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição caracterizada pelo neurodesenvolvimento atípico, que resulta em uma série de comportamentos e déficits na comunicação e interação social. No Brasil, não há estatísticas referente ao diagnóstico de TEA, mas, segundo pesquisa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a previsão é de que seja registrado um caso a cada 36 crianças nascidas.

Um dos aspectos comuns apresentados em pessoas que estão dentro do espectro autista é a hipersensibilidade sensorial. Essa condição, que pode afetar a visão, se destaca por transformar cores, luzes, padrões e outras características visuais em experiências desconfortáveis e estressantes. Essa condição é extremamente desafiadora, pois afeta a relação do indivíduo com o mundo ao seu redor.

Segundo a oftalmologista do Hospital de Olhos, Dra. Ana Beatriz Dias, o TEA afeta cada pessoa de uma forma diferente, por isso é necessário ficar atento aos sinais mais comuns. “A hipersensibilidade sensorial varia de pessoa para pessoa, a depender do grau em que se encontra dentro do espectro autista. No entanto, os sinais mais comuns na parte visual são a sensibilidade excessiva à luz, que provoca a distorção de imagens, e a sensação de luzes mais brilhantes do que realmente são”, explica a especialista.

Estudos também mostram que, além da hipersensibilidade, pessoas com TEA estão mais suscetíveis a outros problemas de visão, como estrabismo e astigmatismo. O diagnóstico precoce desses problemas de visão é crucial para garantir que o indivíduo receba toda a ajuda necessária para evitar que sua situação se agrave.

“O diagnóstico e o tratamento de pessoas dentro do espectro deve ser feito por uma equipe multidisciplinar que irá auxiliar no desenvolvimento do indivíduo. Como a visão é uma parte importante para o bem-estar e para que se tenha uma boa qualidade de vida, é necessário que pessoas com TEA tenham acesso a exames oftalmológicos regulares para detectar e tratar problemas visuais precocemente”, explica a Dra. Ana Beatriz.

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