Tentativa de subornar autoridades policiais seria uma prática corriqueira do grupo, diz delegado. Sete pessoas foram presas suspeitas de integrar grupo criminoso em operação da Polícia Civil.
A tentativa de suborno a policiais seria uma prática corriqueira da quadrilha especializada em roubo a bancos presa no Tocantins. A informação foi apurada pela Polícia Civil, após o chefe do grupo oferecer R$ 1 milhão ao delegado Jacson Wutke para ser liberado. Áudios feitos pelos agentes mostram o momento em que o criminoso oferece o dinheiro.
Suspeito: Eu tenho R$ 1 milhão pro senhor me mandar embora, sem encostar em nada, pra botar na rua [sic].
Delegado: R$ 1 milhão em dinheiro? Cê tem eles aí? [sic].
Suspeito: Tá na sua mão. Eu tenho como [pagar], indo embora. Pra mim não ficar. É só o senhor decidir [sic].
O homem que tentou subornar os policiais seria Valdemir Gomes de Lima, supostamente o chefe do grupo. O delegado Thyago Bustorff contou que o ele ofereceu R$ 1 milhão e mais dois veículos.
“A partir do momento em que fomos jogar o jogo deles, ele foi nos passando determinadas informações. Inclusive, apontando que isso era prática corriqueira da organização criminosa. Que eles sempre trabalhavam com uma reserva dinheiro para situações como essas e sempre ocorriam em outros estados”, explicou.
Segundo o delegado, novas investigações estão sendo feitas. “Ele chegou a contar nomes e estamos levantando as informações para saber da veracidade e entrar em contato com as respectivas unidades da federação”.
As investigações começaram após parte de uma quadrilha ser presa tentando invadir uma agência bancária em Augustinóplis, norte do Tocantins, no último final de semana. Alguns membros do grupo conseguiram fugir. Depois, Lima ofereceu a propina para ser liberado.
Ainda segundo o delegado, a investigação teve permissão da corregedoria, do Ministério Público e da Justiça. Outros três suspeitos foram presos em Imperatriz (MA) nesta quarta-feira (18).
A operação foi chamada de Suborno. “Eles que executaram a tentativa de arrombamento no cofre do Banco do Brasil e há suspeita de outros crimes na região, onde eles são apontados como os principais suspeitos”, apontou o delegado.
O grupo seria especialista em assalto a bancos. Inclusive, tinham um equipamento que bloqueia qualquer tipo de sinal de comunicação no raio de um quilômetro. “Sinal de celular, alarme de banco. Qualquer sinal era apagado.”
Os suspeitos, seis homens e uma mulher, estão presos em unidades da região de Augustinópolis.