Com a aprovação de todos os docentes participantes da Assembleia Geral Extraordinária realizada na tarde da segunda-feira (13/05), vai acontecer a paralisação docente no dia 15, na articulação nacional que está sendo organizada por todos os setores da Educação, sendo reforçada por outras categorias de trabalhadores, que estão sendo atingidos pela reforma da Previdência proposta pelo governo federal e pelos cortes nas instituições de ensino superior, que também atingirá a Educação Básica dos Estados e dos Municípios brasileiros.
A Associação dos Professores Universitários de Gurupi – Apug-Ssind está articulando com o Sintet -Regional Gurupi, Sesduft e professores e acadêmicos da UFT, IFTO e estudantes secundaristas de Gurupi, uma Caminhada de Protesto, com concentração na Praça Santo Antônio, seguindo pela Avenida Goiás, até o Parque Mutuca, na luta contra a Reforma da Previdência e o desmonte da Educação no Brasil com os cortes anunciados pelo governo.
A programação continua a noite, às 19h30min, quando acontecerá um debate, com tenda montada em frente ao Campus 2 da Unirg mostrando para a comunidade acadêmica e gurupiense porque a Apug e demais segmentos de trabalhadores são contra a reforma da previdência, com números e fatos embasados, que somente o trabalhador brasileiro vai pagar o preço desta reforma, que vai custar muito caro a todos, especialmente na hora da aposentadoria, se for mantida a proposta original que está tramitando no Congresso Nacional.
Para o debate noturno, está confirmada a presença do diretor nacional do ANDES, Mauricio Alves da Silva, 1º Vice-Presidente da Regional Planalto, do professor e conselheiro do Sistema Previdência de Gurupi, Adilar Daltoe e representantes do Sintet.
Para o presidente da Apug-Ssind, professor Paulo Henrique é a hora de todos os professores, servidores, alunos e membros da comunidade se empenharem na luta e na defesa dos direitos previdenciários e educacionais. “Os docentes da Unirg não podem ser indiferentes ao grave contexto de ataques contra os direitos sociais dos trabalhadores. A reforma da Previdência vai atingir de forma explícita os docentes da Unirg e professores em geral. Irá aumentar o tempo de contribuição, o tempo de trabalho, além de diminuir a renda dos docentes. Na verdade se prevalecer o sistema de capitalização estaremos diante de um claro processo de privatização da previdência, piorando a qualidade de vida dos trabalhadores, entregando ao sistema financeiro aquilo que deve ser de inteira responsabilidade do Estado. Essa “estória” de déficit da previdência é mais um engodo que esse governo quer jogar nas costas dos trabalhadores brasileiros. Visa na verdade priorizar o pagamento dos juros da dívida pública e mercantilizar as políticas públicas fundamentais, a exemplo da saúde, educação, previdência social e segurança. Porém o povo não é bobo e dirá: Tirem as mãos dos meus direitos, tirem as mãos sujas da educação e saúde pública. Respeito a Constituição e aos direitos sociais.’”, declarou.
A professora Edna Pinho, vice-presidente da Apug reforçou que um evento como esse é para toda a categoria, uma vez que os professores são hoje a categoria mais atingida pelas politicas de cortes dos direitos trabalhistas, precarização e aumento da jornada de trabalho. “Inclusive penalizando ainda mais as mulheres, que já recebem menos do que os homens e trabalham em jornadas duplas ou triplas. Por isso o Andes é um sindicato que aprovou a paridade entre homens e mulheres em sua diretoria, sendo uma entidade sindical que prioriza a luta contra o machismo, o feminicídio, o assédio e o preconceito contra as mulheres e acima de tudo valoriza a igualdade de gênero”, enfatizou Edna Pinho.