Com um estande de 42 m² na maior feira de artesanato da América Latina, peças do artesanato local se destacam por suas características únicas
Peças que traduzem tradição, cultura e história. No estande do Tocantins na maior feira de artesanato da América Latina (Fenearte), visitantes chegam de diferentes partes do Brasil e do mundo, e em uma simples caminhada pelo corredor número seis do Centro de Convenções de Pernambuco, têm acesso a trabalhos únicos, produzidos por artesãos individuais e entidades representativas tocantinenses vindos dos municípios de Itacajá, Tocantínia, Gurupi, Xambioá, Palmas, Ponte Alta do Tocantins, Dianópolis e da Ilha do Bananal. Os profissionais foram selecionados pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), através de um edital de chamamento público para levarem a cultura local para além das barreiras geográficas que separam os estados.
O artesanato tocantinense também desperta o interesse de outros estados brasileiros. Curadora da loja oficial do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), o primeiro museu moderno do país, fundado na década de 1940, Adélia Borges fala sobre o interesse dos visitantes da instituição no trabalho produzido pelo povo Karajá, que já é comercializado na loja. Visitando o estande do estado na Fenearte 2024, representantes do MASP adquiriram R$ 10.000,00 em bonecas Ritxòkò e maracás, peças que agora terão como nova casa o espaço de arte, até que alcancem às residências e estabelecimentos de novos donos pelo Brasil e pelo mundo.
“O MASP é o maior museu do Hemisfério Sul e a gente tem uma loja que reflete a pluralidade cultural do Brasil. Para nós, é muito importante ter os produtos do Tocantins. Eu já visitei o estado para pesquisar artesanato e desta vez, aqui na Fenearte, selecionamos peças do povo Karajá, que a gente já tem na loja e que são muito apreciadas pelos visitantes do museu, tanto os brasileiros quanto os estrangeiros que se encantam com essa arte tão bonita”, disse.
Representando o trabalho de diversos artesãos da região de Formoso do Araguaia / Ilha do Bananal, Rafael Karajá se empolga ao falar das boas notícias que levará aos artesãos de seu povo. “Eu vim para a feira através da Casa de Cultura Karajá. Essa é a minha primeira vez, mas a Casa de Cultura já participou de feiras outras vezes. Foi uma felicidade para nós. A gente vendeu tudo de uma vez e foi pedido que a gente comercializasse ainda mais. Sobraram apenas cinco bonecos para o restante da feira. Vou voltar com boas notícias para a associação”, disse.
Para o secretário da Cultura Tião Pinheiro, momentos como esses sinalizam a importância que está em levar o artesanato tocantinense para as feiras nacionais. “Através desses eventos pessoas de todo o Brasil e, por vezes, de fora dele, têm acesso ao rico artesanato produzido no Tocantins, que é uma representação da nossa cultura, da nossa criatividade e dos nossos costumes. Essas ações fazem parte do projeto de fomento e da orientação do nosso governador Wanderlei Barbosa”, finaliza.