Após desarticular quadrilha de hackers, polícia recupera mais de R$ 700 mil em bitcoins

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Após desarticular quadrilha de hackers, polícia recupera mais de R$ 700 mil em bitcoins

Investigações começaram após polícia cumprir mandados contra suspeitos no Tocantins e Goiás. A polícia conseguiu encontrar dados de 394 mil clientes, possíveis vítimas de crimes.

Polícia Civil do Tocantins conseguiu recuperar cerca de R$ 710 mil em moedas digitais, no Brasil e no exterior, supostamente fraudados por uma quadrilha de hackers. A investigação faz parte da Operação Ostentação, iniciada em maio deste ano. Na época, foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão em Goiás e no Tocantins.Durante a investigação, a polícia conseguiu encontrar dados de 394 mil clientes, possíveis vítimas de crimes.

A investigação foi iniciada depois que a polícia identificou que clientes de 23 estados do país tiveram as contas bancárias invadidas e dinheiro furtado. A polícia acredita que os valores teriam sido usados pelos integrantes das quadrilhas para transferências e pagamentos de boletos de impostos, como ICMS e IPVA.

A quadrilha teria dado um prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão à uma instituição bancária. Porém, há indícios de que os investigados movimentavam cerca de R$ 10 milhões, principalmente investindo em bitcoins – moeda virtual.

Em maio, a polícia conseguiu sequestrar carros e imóveis, que tinham até piso italiano. Agora, a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos informou que após descriptografar base de senhas localizada em arquivos pessoais de um dos investigados, identificou 36 serviços de transações de moedas digitais. Ao todo, foi encontrada a quantidade de 28.6322113 bitcoins.

Ainda conforme a polícia, após autorização judicial, os bitcoins foram negociados a R$ 24.820,00, cada unidade. Ao final foi recuperado R$ 710.479,95. O dinheiro foi transferido para uma conta judicial.

A operação foi realizada pela delegacia, perícia criminalística e representantes da instituição financeira vítima.

Esquema

A polícia informou que conseguiu reconstituir em laboratório o programa utilizado pelos investigados para conseguir acessar as contas bancarias das vítimas, descobrindo 394.993 mil acessos de clientes (números de conta, agência e senhas).

“Algumas replicadas, de clientes que tiveram seus dados capturados por meio de diversas técnicas de invasão e sequestro de dados, mediante invasões de roteadores vulneráveis e engenharia social com envio de links maliciosos”, explicou a polícia.

Ainda segundo a polícia, dos sete mandados de prisões temporárias expedidos, todos foram devidamente cumpridos, sendo que os investigados respondem em liberdade. Porém, eles estão com as contas bancarias, aplicações financeiras, veículos e imóveis bloqueados.

Entenda

A Operação Ostentação foi deflagrada em maio deste ano contra uma quadrilha suspeita de invadir contas bancárias para desviar dinheiro. A operação é coordenada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos e realizada simultaneamente em Goiânia e Palmas.

Policiais cumprem cinco mandados de prisões temporárias e sete de busca e apreensão no Tocantins e em Goiás. Além do bloqueio de R$ 1 milhão das contas bancárias dos investigados e sete ordens de sequestros de imóveis e veículos de luxo – quando os bens são adquiridos com dinheiro ilícito.

A suspeita é de que os criminosos conseguiam infectar os computadores por meio de vírus e acessavam o internet banking de clientes para pegar os dados das vítimas. A operação é coordenada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos e realizada simultaneamente em Goiânia e Palmas.

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