Profissionais terão pontos cortados contestados na Justiça e aguardam calendário de reposição das aulas perdidas.
Após 40 dias de greve, a paralisação dos professores da rede municipal de Educação da cidade de Peixe, localizada no sul do estado, chegou ao fim. Os profissionais tiveram seus pontos cortados durante o período de paralisação. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet) afirmou que vai recorrer na Justiça para ambos os casos.
Os 150 profissionais devem retornar às salas de aula nesta terça-feira, dia 4 de abril. A greve foi uma forma dos professores cobrar o reajuste do piso salarial do magistério, além do pagamento de progressões de anos anteriores. Segundo informação do Sintet, o efeito da liminar está sendo contestado na esfera judicial.
Em relação à reposição dos mais de 30 dias de aulas perdidas, a categoria vai aguardar um calendário da Secretaria Municipal de Educação. O sindicato ainda destacou que, em relação ao retorno das atividades, “dará início às tratativas de reposição dos dias paralisados, uma vez que o prefeito firmou compromisso em saldar o pagamento cortado o quanto antes”.
De acordo com o Sintet, os professores não recebem reajustes do piso salarial desde o ano de 2020. Na semana passada, cerca de 80 professores ainda tiveram o desprazer de receber seus contracheques zerados. Mesmo assim, após a realização de uma assembleia, mantiveram a greve. Agora, após a liminar suspendendo a greve, a categoria afirmou que continuará mobilizada e exigindo os direitos.
É importante lembrar que o município de Peixe foi um dos beneficiados com uma decisão da Justiça Federal que suspendeu o reajuste do piso salarial nacional dos professores. A decisão atendeu uma ação coletiva movida pela Associação Tocantinense dos Municípios (ATM) contra a União. A situação dos professores em Peixe evidencia a luta constante dos profissionais da Educação em busca de seus direitos e melhores condições de trabalho.