Karel Luketic acrescenta que é difícil estimular o impacto sobre a produção
Os analistas especializados em Vale trabalham em busca de informações sobre o rompimento da barragem da empresa em Brumadinho (MG). “O mais importante agora é saber o impacto para a vida e para a cidade.
O aspecto financeiro é secundário”, diz o analista da XP Investimentos Karel Luketic. Ele fez contato com a área de Relações com Investidores (RI) da mineradora, que ainda apura e organiza as informações sobre o acidente para poder relatar.
Luketic acrescenta que é difícil estimar o impacto sobre a produção – “que tende a ser menor, mais manejável” – e mais ainda calcular os montantes com potenciais multas, acionamento de seguros.
O analista de um grande banco comenta que busca entender a dimensão do acidente e o volume de rejeitos – se são menores ou maiores – que os do rompimento da barragem de Fundão em Mariana (MG).
Fundão tinha capacidade de estocar 55 milhões de metros cúbicos em rejeitos. Em novembro de 2015, a barragem se rompeu, provocando a morte de 19 pessoas e a destruição do distrito de Bento Rodrigues, próximo à represa.
Os rejeitos alcançaram o litoral do Espírito Santo, afetando a flora e a fauna. Segundo informações do Ibama, a barragem em Brumadinho tem volume de 1 milhão de metros cúbicos de rejeito de mineração.
Às 15h02, o ADR da Vale caía 11,3% na Bolsa de Nova York. Como a B3 está fechada nesta sexta-feira, 25, por conta do feriado municipal em São Paulo, os efeitos sobre os preços das ações da mineradora serão vistos apenas na segunda-feira.