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​Endividamento aumenta novamente na capital

Desde abril, a pesquisa que mede o nível de endividamento e inadimplência dos consumidores de Palmas (Peic) vem aumentando mês a mês de forma tímida, chegando em junho em um total de 71,2% dos entrevistados endividados. Comparado ao mês de maio, houve um crescimento de 1,1%. Já quando comparado ao mesmo período do ano passado o aumento é de 2,1%.

Na pesquisa também foi revelado que 14,6% dos entrevistados estão com contas em atraso, que quando comparado ao mês anterior registra um crescimento de 0,8%. Sendo que desse total, 44,7% tem dívidas atrasadas por até 30 dias. O tempo médio do atraso fica por volta de 44 dias. Desse porcentual de inadimplentes, apenas 0,2% disseram não ter condições de quitar essas dívidas.

O presidente da Fecomércio, Itelvino Pisoni, explica que este é único dado positivo do quadro. “A pesquisa vem mostrando que os consumidores de Palmas têm aumentado o volume de dívidas e até mesmo os atrasos, porém o percentual demonstrado dos que não tem condição de quitá-las ainda é muito baixo. Inclusive está bem abaixo da média nacional. Por isso, para o setor de comércio este dado pode ser positivo”, ressaltou.

Nacionalmente a pesquisa atingiu o percentual mais alto da história chegando a 67,1%, renovando o maior patamar da série – iniciada em janeiro de 2010 –, registrado, até então, em abril deste ano (66,6%). O índice apresentou aumento mensal de 0,6 ponto percentual e anual de 3,1 pontos percentuais.

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a nova alta do endividamento indica que as famílias estão demandando mais crédito do sistema bancário, seja para pagar dívidas e despesas correntes ou mesmo manter algum nível de consumo. “Apesar do contexto negativo em relação ao mercado de trabalho e à renda, a inflação controlada e a queda da taxa Selic são fatores que podem favorecer o poder de compra dos consumidores. Além disso, as transferências emergenciais do coronavoucher também impactam positivamente a renda e o consumo, especialmente dos itens considerados essenciais”, avalia Tadros, reforçando a importância da ampliação do acesso ao crédito a custos mais baixos e do alongamento dos prazos de pagamento das dívidas, “neste momento de incertezas sobre a recuperação da economia no pós-crise”.

Em Palmas, a PEIC elencou que as principais dívidas são realizadas por meio de cartão de crédito, financiamento de carro/casa e carnês. Sobre o comprometimento com dívidas, a pesquisa revelou que 45,4% estão comprometidos por mais de 1 ano e calculou a média desse comprometimento que em junho ficou em 7,9 meses. Com relação a renda familiar destinada às dívidas, 69,9% disseram que seu gasto é entre 11 e 50%, sendo a média porcentual neste mês de 33,4%.

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