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Quarto de hospital vira lar de menino que tem aneurisma cerebral no TO

Criança espera há sete meses por cirurgia que não é feita no Estado. Sala de enfermaria recebeu guarda-roupas e televisão para família.

Um menino de três anos que tem aneurisma cerebral está vivendo em um quarto do Hospital Infantil de Palmas. Ele não pode sair do local porque a qualquer momento uma veia pode estourar na cabeça dele, mesmo assim já espera sete meses por uma cirurgia.

Para tornar o lugar mais parecido com um lar, o quarto da enfermaria recebeu uma televisão, guarda roupas e o menino tem um velocípede para brincar, mas sem sair dos corredores do hospital.

“Eu quero ir embora”, disse o pequeno Júlio Cesar, durante visita da TV Anhanguera nesta sexta-feira (8).

Ele deu entrada no hospital em junho de 2014 e a informação recebida por Elizabete Neves, mãe do menino, é de que no Tocantins não é possível fazer a cirurgia necessária. Por isso, ele precisa ser operado em São Paulo, mas o procedimento custa R$ 120 mil.

Sem ter como pagar, a mulher entrou na Justiça contra o Estado do Tocantins, que pagou R$ 73,980. Para conseguir o restante, ela novamente teve que acionar o poder judiciário e em dezembro de 2015 foi determinado o bloqueio de R$ 52 mil da Secretaria de Saúde para complementar o valor.

“É perigoso qualquer hora dessa ele estar brincando aí e morrer sem mais nem menos. Pode estourar (a veia) e ele morrer. E aqui ninguém vai salvar a vida do meu filho”, disse.

Sem poder ir para casa, Júlio vive sentindo dor. “Dor na cabeça”, afirmou o menino.

A Secretaria de Saúde foi procurada e disse que já foram bloqueados os valores necessários para a realização da cirurgia neurológica do paciente. Porém, “é necessária, agora, a finalização dos trâmites bancários para que o Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo possa liberar o leito e receber o paciente.”

A Sesau disse ainda que a criança continua sendo atendida pela equipe do hospital e que está apta a realizar imediatamente a transferência após a liberação da vaga. Entretanto, não deu um prazo de quando isso deve acontecer.

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