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Policial civil mata tocantinense em São Luis ao confundi-lo com ladrão de carros

Ademar Moreira Gonçalves morava na capital maranhense desde 2014 e trabalhava no Ibama

Tocantinese natural de Porto Nacional, Ademar Moreira Gonçalves, 36 anos, foi morto por engano, com um tiro nas costas, enquanto dirigia na Avenida Litorânea em São Luís (MA), no sábado, 14, por volta das 19 horas. O autor do disparo foi um policial civil, que não teve o nome divulgado.

Ele trabalhava como funcionário público na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na capital maranhense, desde dezembro de 2014.

Testemunhas relataram que o autor do disparo chegou até Gonçalves já com arma em punho, se identificou como policial e atirou. A vítima chegou a receber os primeiros socorros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas foi a óbito no local.

Policial se entrega

Após dois dias da morte de Gonçalves, o policial civil se entregou na delegacia de homicídios de São Luís. A corporação maranhense trabalhava com as hipóteses de briga de bar, reação a assalto e execução, até a confissão do assassinato pelo policial.

No depoimento, o policial contou que estava em um bar quando soube que o seu carro estava sendo roubado. Segundo ele, ao encontrar um homem no volante saindo de uma vaga próximo de onde ele havia estacionado, sacou a arma para atirar nos pneus. Gonçalves arrancou com o carro depois que viu o homem armado, mas foi atingido com o tiro nas costas que o matou. O policial acrescentou ainda que o carro que a vítima estava era idêntico ao dele.

Como não houve o flagrante, o policial civil vai responder ao processo em liberdade.

Família

De acordo com uma amiga, Giovanna Araujo da Silva Santos, o corpo de Gonçalves foi transladado por um carro funerário para Porto Nacional nessa segunda-feira, 16, às 16 horas, e chegou nesta terça-feira, 17, às 9 horas. Ainda segundo ela, o velório está acontecendo no salão da Funerário Santo Antônio e o sepultamento está previsto para às 17 horas, no cemitério novo de Porto.

“A família está sem chão e incrédula. Estamos indignados com a ocorrência. Foi um erro amador, principalmente, por ter sido cometido por policial. Esperamos que ele (o policial civil) seja responsabilizado pelo crime. Mas, por ele ser um policial e ser investigado pela própria corporação, nós acreditamos que não será punido. Estamos arrasados. A situação é terrível. Um dia após o aniversário dele”, lamentou.

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