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Médico e ex-namorada são indiciados pela morte da professora Danielle Christina

Inquérito foi concluído pela Delegacia de Homicídios e enviado para o Ministério Público. Álvaro Ferreira e Marlla Cristina foram indiciados por homicídio qualificado.

O médico Álvaro Ferreira foi indiciado por homicídio qualificado pela morte da professora Danielle Christina Lustosa Grohs. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Marlla Cristina Barbosa Santos, que mantinha um relacionamento afetivo com ele, também vai responder pelo mesmo crime. A morte aconteceu em dezembro de 2017 e o médico é o principal suspeito devido ter sido preso dias antes por agredir a ex-mulher e por ter fugido do estado logo após o crime.

O inquérito sobre o crime foi concluído na última sexta-feira (9) pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após o médico ter a prisão preventiva determinada pela Justiça. Os exames periciais realizados no corpo comprovaram que a professora foi morta por esganadura.

Segundo a SSP, provas testemunhais e periciais, assim como o cruzamento de dados dos celulares e computadores dos investigados apontaram que Álvaro Ferreira e Marlla Cristina tiveram envolvimento no crime. O casal foi indiciado por homicídio qualificado e o inquérito enviado para o Ministério Público Estadual.

O homicídio é qualificado quando ocorre por motivo fútil, meio cruel, à traição, emboscada ou outro meio que dificulte a defesa da vítima.

Ainda segundo a secretaria, a prisão preventiva do médico foi solicitada porque havia “possibilidade de o indiciado intimidar ou atentar contra a vida ou integridade de testemunhas”. Além disso, o fato de ele ter fugido do estado após o crime também fez com que a prisão fosse necessária.

Por outro lado, Marla Cristina chegou a ser presa, mas ganhou liberdade e está respondendo ao processo em liberdade.

Outro lado

A defesa de Álvaro afirmou que o relatório final do inquérito é contraditório, pois nenhuma das provas demonstrou a participação dele no crime. “Ademais, a delegada desconsiderou provas juntadas pela defesa que comprovaram as mentiras proferidas por Marla Cristina em seus interrogatórios.”

Os advogados informaram ainda que vão recorrer da prisão preventiva. “A defesa reafirma a inocência do Dr. Álvaro e diante das provas juntadas aos autos do inquérito, corroborado com as conclusões da própria delegada, leva-se a crer que quem tirou a vida de Danielle foi Marla Cristina, possivelmente por interesses patrimoniais”, diz nota enviada.

O caso

O corpo da professora foi encontrado no dia 18 de dezembro. O médico Álvaro Ferreira é o principal suspeito do crime porque havia sido preso dois dias antes, quando invadiu a casa e tentou esganar a ex-mulher. Mesmo assim, foi solto um dia depois, após audiência de custódia. O Ministério Público chegou a pedir a prisão preventiva dele, mas o pedido foi negado pelo juiz, que determinou a liberdade sem pagamento de fiança.

De acordo com o advogado de Danielle, Edson Monteiro de Oliveira Neto, o ex-marido já havia ameaçado matá-la outras vezes. O advogado informou que chamou a polícia após não conseguir contato com ela durante todo o dia. Áudios divulgados pelo advogado, mostram a mulher pedindo socorro após supostamente ter sido agredida.

O corpo de Danielle foi localizado de bruços na cama. O registro da ocorrência feito pela Polícia Civil aponta que foram encontrados hematomas no pescoço da professora e havia odor característico de urina no short que a vítima vestia. A perícia confirmou que ela foi estrangulada.

A fuga

O médico ficou quase um mês foragido após o crime. Ele foi preso no dia 11 de janeiro em Goiás e levado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas no dia seguinte. Ele foi localizado após postar uma selfie em uma igreja nas redes sociais. Enquanto esteve foragido, ele deu entrevistas por telefone e mandou mensagens para a mãe da vítima.

A polícia identificou que ele fugiu primeiro para Salvador, pegou um barco para Morro de São Paulo, viajou para Campinas (SP) e acabou em Goiás.

O médico foi preso enquanto estava no cinema de um shopping em Anápolis. A prisão foi realizada por uma equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), comandada pelo delegado Pedro Ivo Costa Miranda em parceira com as Polícias Civis de Goiás e São Paulo.

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