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Delegado conta detalhes de como homem assassinou os pais e se matou antes de incendiar casa

Crime aconteceu em chácara de Paraíso do Tocantins, em setembro de 2018. Investigações foram concluídas no ano passado, mas delegado esperava resultado do exame de DNA.

O delegado responsável pela investigação sobre os corpos encontrados em uma chácara de Paraíso do Tocantins, região central do estado, deu detalhes de como o crime aconteceu. O resultado do inquérito foi apresentado nesta quarta-feira (20) e apontou que Márcio Gonçalves de Souza, de 36 anos, matou os pais e ateou fogo na casa antes de se matar.

De acordo com o delegado Eduardo Menezes, da Delegacia de Investigação Criminal (Deic), o crime foi solucionado após uma semana de investigação. Porém, o resultado só foi divulgado agora porque os corpos carbonizados ainda não tinham sido identificados pelo DNA.

O crime teria acontecido devido ao relacionamento conturbado e diversas brigas entre Marcio e o pai, Acácio Gonçalves de Souza. A mãe dele, Ivani Ribeiro dos Santos, teria tentado fugir do local após o marido ser morto e também foi assassinada. “Ele nunca trabalhou, não constituiu família e esse era o principal motivo da briga entre pai e filho”, explicou o delegado.

Márcio também teria problemas psicológicos. Além disso, seria homossexual e isso não era aceito pelo pai. “Isso ficou claro e ele confessou isso para alguns parentes. O pai tinha conhecimento”, disse.

Dias antes do crime, segundo a polícia, Márcio ligou para um irmão dizendo que queria mudar porque a relação estava insustentável. Na véspera dos assassinatos, durante a visita de uma irmã, ele teria dito que a família teria uma surpresa.

Caminhonete incendiada na beira de estrada — Foto: Polícia Civil/Divulgação

O crime

As investigações apontaram que na noite de sexta-feira, 21 de setembro de 2018, pai e filho tiveram uma discussão. Márcio Gonçalves teria matado o pai em um cômodo da casa e perseguiu a mãe, que tentou fugir correndo. A mulher foi morta com golpe de facão no pescoço.

Durante a perseguição à mãe, o homem perdeu uma sandália que foi encontrada pela polícia. “Chegamos à conclusão de que aquele chinelo era do autor. De quem estava correndo atrás dela. Pelo tamanho, chinelo 42, a gente pesquisou que quem calçava 42 era Márcio e não o pai.”

A partir disso os investigadores descartaram que o crime tivesse sido cometido por outra pessoa. “O local era muito isolado. Se fosse um terceiro. Ele mataria, colocaria o chinelo e iria embora. Não deixaria esse vestígio. É mais um indício de que o responsável pelo crime não saiu dali”, explicou o delegado.

Márcio Gonçalves foi encontrado carbonizado, junto com o pai — Foto: Arquivo Pessoal

Após os assassinatos, Márcio Gonçalves tentou fugir no carro do pai, mas não sabia dirigir e caiu em um barranco. “Pegou o carro e saiu. É bem uma barbeiragem, uma manobra muito fácil de fazer, mas ele perde o controle do carro. Testemunhas disseram que ele só andava para frente e muito mal.”

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