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Criança especial deixa ser atendida em hospital particular de Gurupi

Sem ter condições de ser atendida no hospital Municipal de Peixe, o relato da mãe revela mais uma vez a falta de médicos nos hospitais particulares de Gurupi nos finais de semana e dia de feriado. Segundo ela sua família foi passar a passagem de ano em um ranho da família na beira do Rio do Tocantins no município de Peixe e por volta das 13h do sábado, 03/01, um de seus dois filhos especiais, um deles de 06 anos e outro de 09 anos, se envolveu em um acidente e teve a perna fraturada quando saia do tablado do rio.

“Na hora de tirar meu bebê de 09 anos, meu marido quis fazer sozinho e não me ouviu quando pedi para não passar com ele sozinho pelo tablado da balsa que com o peso a madeira não suportou o peso e os dois caíram dentro do rio. Graças a Deus meu marido caiu no lugar onde está raso e o mal pior não aconteceu. Notei que o joelho direito do meu bebê estava inchado e ele chorava muito. Em seguida corremos de volta para Gurupi e fomos diretamente para o hospital São  Franscisco e quando cheguei na portaria não tinha ninguém”, disse a mãe.

A mãe relata que entrou no hospital em busca do Pronto Socorro e quando voltou para portaria e apareceu uma funcionária do hospital que afirmou que não tinha ortopedista no hospital e aconselhou a levar a criança para o hospital Santa Catarina.

“Daí ela começou a ligar no hospital Santa Catarina e para nossa surpresa ninguém atendia. Ela tentou várias vezes. Então eu e meu marido resolvemos ir no Santa Catarina ver porque ninguém atendia o telefone, enquanto o meu pai ficou com o nosso bebê no carro na porta hospital São Francisco com a enfermeira. Quando chegamos lá, uma surpresa: o hospital estava com as portas trancadas e disponibilizava apenas de uma campainha para se falar com alguém. Chorei muito e quando consegui falar com a atendente do Santa Catarina ela me disse que não ouviu o telefone tocar nenhum momento e quando questionei sobre ortopedista e que era uma criança com limitações ela disse não poder fazer nada”, relatou a mãe.

Sem opção de ter o filho atendido nos hospitais particulares, restou à família buscar atendimento no hospital público.

“Já cheguei na portaria daquele jeito: Revoltada chorando. A atendente foi amável prestativa e humana e não apenas uma atendente. De imediato disse que no materno não tinha ortopedista, mas que meu filho seria muito bem cuidado e que o ortopedista da parte do regional cuidaria do meu bebê. Na portaria do Materno vi verdadeiros anjos, enfermeiras dedicadas e amorosas com meu bebê. Veja só em Hospital público”, disse a mãe.

Hospital 1Em seguida acrescentou: “A médica de plantão disse que ele seria bem acompanhado e tudo terminaria bem. De fato meu filho foi muito bem cuidado desde o começo até o fim. O ortopedista foi carinhosamente dedicado com meu bebê com suas limitações físicas, os auxiliares, então não posso me queixar e até a senhora da limpeza foi um carinho. Não quero   fazer propaganda de nada, o que na verdade eu quero é que através da sua voz você possa falar por mim, porque que mesmo nós pagando não temos nenhum apoio”, desabafou.

Com receio de alguma retaliação, pois o marido trabalha no poder público sem ser concursado e mãe pediu para não ter seu nome divulgado. “Wesley, não posso me identificar porque meu marido é contratado e isso pode prejudicar ele. Se tiver como, gostaria que você contasse essa história sem dar nomes. Eu não trabalho e tenho que ficar em casa para cuidar de dois filhos especiais que para tomar um simples copo de água eu tenho que dar porque eles não dão conta, então quem trabalha é só meu marido, mas não é concursado e é um simples contrato e isso pode causar a demissão”, explicou.

O que diz os hospitais:

Estivemos na recepção do hospital São Francisco e uma funcionária comunicou que no sábado o hospital tinha no Platão apena uma geriatra e que a unidade só fica fechada no período da noite, mas fica uma pessoa para atender. Afirmou ainda que nos finais de semana fica apenas um médico de plantão e os casos que necessita de especialidades são encaminhados para outros hospitais.  “De segunda a sexta-feira todos os médicos atendem no hospital; só que nos finais de semana e feriado fica apenas um médico de plantão que encaminha os casos que necessitam de especialidades para outros hospitais”, disse.

Por telefone um funcionário do Hospital Santa Catarina afirmou ao Portal Atitude que nos feriados e finais de semana o hospital fica aberto até o meio dia, mas que fica um médico de sobreaviso para atender. Informou ainda que no sábado tinha um clínico geral de plantão.

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